SLMANDIC ANALISA INFLUÊNCIA DO BIOTIPO PERIODONTAL NA ESTÉTICA PERI-IMPLANTAR
- Prof. Eduardo Dias
- 8 de out. de 2012
- 3 min de leitura

ESTUDO MOSTRA A RELAÇÃO DO BIOTIPO PARA O PLANEJAMENTO DE TRATAMENTOS ESTÉTICOS COM IMPLANTES DENTÁRIOS.
Pesquisadores da Faculdade São Leopoldo Mandic apresentaram uma revisão da literatura mostrando a influência do biotipo periodontal na estética peri-implantar. De acordo com o estudo, a qualidade do biotipo periodontal pode ter relação principalmente com a manutenção da papila interdental, com o tecido ósseo subjacente e com a estabilidade da margem gengival livre.
O estudo "A influência do biotipo periodontal na estética peri-implantar" foi publicado na edição setembro/outubro da revista ImplantNews. À frente do estudo, estão Eduardo Claúdio Lopes de Chaves e Mello Dias, José Ricardo Muniz Ferreira e Juliana de Mota Paiva. Confira mais detalhes sobre o trabalho na entrevista com Dias.
Como surgiu a ideia de se promover esse estudo? Eduardo Dias - Inicialmente, a utilização dos implantes osseointegrados desenvolvidos por P-I Brånemark tinha como principal objetivo as reabilitações orais totais fixas, onde se instalavam implantes múltiplos em rebordos totalmente edêntulos para a recuperação da função mastigatória.
Devido aos bons resultados encontrados após anos em função, a técnica foi expandida para o uso em pacientes com perdas dentárias parciais e unitárias. A deficiência no planejamento e na identificação dos fatores de risco estético levou a resultados esteticamente inaceitáveis, com deficiência principalmente no contorno gengival. Então, passou-se a estudar os fatores que influenciam a estética peri-implantar, como os fatores biológicos - biotipo periodontal, posicionamento tridimensional, macro e micro geometria dos implantes e a biocompatibilidade e adaptação do pilar protético.
Assim, para se obter a harmonia e a estética desejada, devemos observar e entender essas variáveis e suas implicações periodontais e peri-implantares. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi fazer uma revisão de literatura demonstrando a influência do fenótipo gengival nos tratamentos com implantes osseointegrados.
As metas foram alcançadas? Dias - Sim, embora a influência que o biotipo periodontal exerce sobre os tecidos peri-implantares pareça bem controversa entre os autores pesquisados. A maioria dos trabalhos possui um período de observação variando entre seis meses e três anos, e avaliam principalmente a estabilidade dos tecidos moles peri-implantares após a instalação de implantes imediatos.
Como foi a participação do grupo? Dias - Na elaboração de artigo de revisão, é fundamental o trabalho em equipe, definindo os parâmetros de busca (palavras-chave e bancos de dados pesquisados) e os critérios de inclusão e exclusão dos artigos. Esse artigo foi fruto da monografia apresentada pela Dra. Juliana Paiva no Curso de Especialização em Implantodontia da São Leopoldo Mandic - Unidade Vila Velha/ES, da qual fui orientador. Após a elaboração de um esboço do artigo, revisamos todo o trabalho e os artigos incluídos, sugerindo a inclusão ou exclusão de trabalhos, assim como a melhor forma de organizar e redigir o artigo.
Houve algum dado que surpreendeu os pesquisadores? Dias - Embora existam muitos estudos abordando o tema, considero que a maior surpresa tenha sido a escassez de estudos clínicos em longo prazo abordando a importância do biotipo gengival na estética peri-implantar. Conforme citado anteriormente, na maioria dos estudos os implantes foram acompanhados por períodos relativamente curtos, de até três anos.
Qual foi a conclusão do estudo? Dias - De acordo com os estudos avaliados, o biotipo periodontal pode ditar a estratégia de planejamento para a instalação de implantes na região anterior da maxila, podendo ter relação principalmente com a manutenção da papila interdental, com o tecido ósseo subjacente e com a estabilidade da margem gengival livre. No planejamento de tratamentos estéticos envolvendo implantes osseointegráveis, além de uma precisa avaliação do biotipo periodontal, especial atenção deve ser dada à posição relativa e formato do dente; linha do sorriso; topografia óssea; forma, posição e tipo de restauração planejada; posicionamento tridimensional do implante.
Fonte: http://www.inpn.com.br

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